Alien: Covenant (2017) dividiu opiniões com seu lançamento. Será que Ridley Scott quer redesenhar o universo do Alien?
Que a verdade seja dita, Alien: Covenant (2017) chegou fazendo muito barulho, principalmente por seus fãs fervorosos. E nem preciso dizer que a internet se manifestou com as mais diversas opiniões. Isso porque muitos não concordavam que Ridley Scott (criador da franquia) mexesse em um dos maiores clássicos do cinema de Ficção Científica.
Mas para você entender os detalhes desse rolê, vem comigo analisar essa linha do tempo.
Universo Alien – Origem
Bem, tudo começa em 1979, quando o diretor Ridley Scott lançou o primeiro filme da franquia: Alien: O 8º Passageiro (1979). Ele foi um marco do gênero Sci-Fi, porque misturou o clima de tensão no espaço e uma sensação de claustrofóbica, com aqueles corredores sinistros de uma espaçonave, tonando-se um ícone do cinema.
E partir dele, tivemos três sequências, com diferentes diretores cada um, que foram:
- Alien: O Resgate (1986) – James Cameron
- Alien 3 (1992) – David FIncher
- Alien: A Ressurreição (1997) – Jean-Pierre Jeunet
Ah! vale lembrar que houve dois spinn-offs , Alien vs Predador. Mas não vamos considerar em nossa análise aqui, porque eles são uma fan service, que tem como foco reunir dois ícones do cinema. Logo, só temos alguns detalhes superficiais sobre suas características biológicas, que não influenciaram no cânone de Alien.
Uma coisa que todo fã raiz concorda é que depois de Alien: O Resgate (1986) de James Cameron, as demais sequências fugiram do contexto original. Mas fã que é fã, não deixa de assistir, e sempre considera aquilo que realmente é relevante.
Agora que você viu esse breve resumo sobre a linha do tempo do Universo Alien, chegou a hora de entender a treta de Ridley Scott e os fãs de Alien.
Ridley Scott e Sua Polêmica Prequels (Zona de Spoilers)
Lembra que no inicio do post falei que Ridley Scott foi o criador da franquia? Pois é, segure esta informação que a gente vai precisar dela lá na frente. Okay?
Então o ano é de 2012, 33 anos depois de Alien: O Oitavo Passageiro (1979). Ridley Scott lança o filme Prometheus. E segundo sua entrevista na BBC Radio 5 live, esse longa não teria ligação alguma com Universo Alien, e que seria apenas mais um filme sobre o homem no espaço. Logo, todos acreditaram, então partiu cinema vangloriar o mestre.
Só que no decorrer do filme… algumas surpresas começaram a surgir, e junto delas pontos de interrogação.
O primeiro deles foi a nave muito semelhante que aparece em Alien: O 8º Passageiro – que você verá mais a frente. Como Ridely Scott disse que não tinha ligação alguma, então acreditou-se que seria um Easter Eggs, afinal estava no hype referências de grandes produções do cinema, em outros filmes. Então tudo bem.
Só que o negócio começou a ficar pesado, quando nos extras do filme, aparece uma criatura semelhante ao um Xenomorfo do Alien… Não precisa nem dizer o quanto isso revoltou a internet. né?
Logo, tudo que os fãs mais temiam aconteceu, Prometheus (2012) é uma prequels de Alien: O 8º Passageiro (1979). Com isso, surgiu a seguinte pergunta: Por que Ridley Scott negou isso desde começo? E o mais engraçado que ele deu uma entrevista, afirmando que o filme não seria uma prequels…
E por mais que o público não gostasse da nova proposta que estavam dando ao Universo Alien, o impacto não seria tanto ao descobrirem que todos foram enganados. Será que Ridley Scott fez de propósito? Seria uma estratégia de publicidade, para que o filme fosse lembrado por essa rasteira nos fãs? Vamos acreditar que sim, enquanto não temos a confirmação de fato.
Apesar do baque forte, muitos questionamentos foram feitos sobre o rumo que essas prequels iria tomar. Inclusive, Ridley Scott prometeu respondê-las em seu próximo filme e que todos aguardassem que não ficariam na mão.
Então cinco anos se passaram e com ele veio Alien: Covenant (2017). Será que esse chá de cadeira valeu à pena e teríamos todas as respostas prometidas?
Alien: Covenant (2017) | Teasers e Prólogos
Até o lançamento de Alien: Covenant, a divulgação foi bastante pesada. Isso porque tivemos vários teasers e prólogos na internet, que seriam uma espécie de mimos para os fãs, com informações complementarem do filme. Confira eles abaixo:
Mas com os mimos, havia uma certo receio com o que estava por vir, por dois motivos. O primeiro porque muitos perderam a confiança, depois que descobriram a prequels no susto. E segundo, porque Ridley Scott declarou que apesar de Alien: Covenant ser uma sequência de Prometheus, a sua conexão será uma conexão direta com a franquia do Alien… Será?
Então chegou o tão esperado lançamento… sim, os fãs tiveram algumas respostas … mas também algumas dúvidas… E a principal delas foi: Afinal de contas… Alien Covenant é um reboot ou uma prequels?
Sim, o caos foi armado mais uma vez. Enquanto alguns fãs tradicionais diziam que eram um reboot e que não tinha ligação direta com o filme de 1979. Outros diziam que se tratava de uma prequels, mas que precisava de mais respostas. Ou seja, dividiu opiniões, mais uma vez.
Ai você me pergunta: Mas Dandy, Alien: Covenant não é bom?
Então eu respondo: Depende muito de sua ótica! Então para você entender melhor, vamos analisar juntos o três filmes em questão. Ai você me conta sua opinião nos comentários. Fechado?
E para que este post não fique tão longo, eu vou dividi-lo em duas partes:
- Parte 01 – será um resumo de Alien: O 8º Passageiro (1979) e Prometheus (2012)
- Parte 02 – será um resumo exclusivo de Alien: Covenant (2017)
Atenção!!! Eu preciso lembrar que os resumos a seguir serão apresentados dentro da cronologia de seus lançamentos, e contém spoilers. Caso você não tenha assistido, algum deles e desejar continuar, será por sua conta e risco. Okay?
Alien: O 8º Passageiro (1979) | Resumo
Tudo começa quando a nave Nostromos está retornando à terra com sete tripulantes, com um carregamento de 20.000 toneladas de minério. Durante o trajeto a aeronave recebe um alerta, um suposto sinal que parecia ser uma tentativa de comunicação.
E apesar de ser uma aeronave de transporte, uma das clausulas presentes em contrato, é que qualquer sinal de existência de vida no espaço, era preciso ser verificado. Caso contrário não receberiam seus respectivos abonos – o dinheiro da missão.
E como não havia escolha, o único jeito foi deslocar uma equipe até o planeta de onde veio o sinal, o LV-426. Sendo que ao chegarem, se deparam com uma nave desconhecida. Como não tinham indícios de humanos, começam a explorá-la. E ao entrarem, tudo que apenas encontram foi um corpo fossilizado e um compartimento cheio de ovos.
Na tentativa de verificar do que se tratava, um dos tripulante se aproxima de um dos ovos que se abre, saindo uma criatura horrenda, que ataca seu rosto (facehugger), enroscando sua calda no pescoço da vítima – impedindo assim, que a criatura seja retirada e enquanto transmitia seu hospedeiro…
Sem saber o que fazer, a equipe leva o tripulante atacado de volta para nave Nostromos. Sendo que, um dos procedimentos era a vítima ficar em quarentena, o que não foi cumprido – colocando em risco a segurança de todos literalmente.
É neste momento que o filme aborda a discussão sobre os erros cometidos de forma emocional e sendo justificados pelo racional. O que teoricamente não deveria acontecer, pois todos alis receberam treinamentos físicos e psicológicos, para lidar com tal situação. Afinal, qualquer infecções ou vírus vindo do espaço, poderia trazer consequências gravíssimas ao plante terra.
Vale lembrar que apesar de treinados, as condições físicas e psíquicas eram fatores que implicavam na forma de discernir qual seriam os próximos passos. Você cometeria o mesmo erro?
E durante a discussão dos protocolos de segurança, a tripulação descobre que o facehugger se soltou do rosto da vítima, e que a criatura está morta… deixando a todos intrigados, já que a vítima passa bem. Só que tudo começa a mudar, quando ele passa mal e dentro de seu peito sai uma criatura, que causa sua morte e fugindo pela aeronave.
É neste momento que conhecemos o segundo estágio da criatura, o chestbuster – o famoso estoura peito.
E já não basta o susto vivido em LV-426 e a perda do amigo tripulante. Agora a todos precisam lidar com uma criatura solta na aeronave – afinal todos correm perigo de vida. Até porque descobriram que ele aumenta com o passar das horas e que muda de pele. Logo, encontrá-lo o mais rápido possível, tornou-se prioridade.
Como a comandante interina Ripley (Sigourney Weaver), não concorda em manter vivo qualquer espécie de vida de outro planeta – conforme protocolo de descoberta científica, ela é atacada, e quase morta, pelo androide Ash (Iam Holm), que tenta impedi-la de destruir o Xenomorfo.
E após descobrirem que estão em um beco sem saída (literalmente), os sobreviventes recolhem a maior quantidade de oxigênio possível, para abastecerem a nave de fuga e explodirem a Nostromos.
Mas durante a operação de fuga, os cinco tripulantes são mortos pela criatura, exceto Ripley. Que após de viver uma caçada de gato e rato, ela finalmente consegue explodir a nave e pegar a nave de fuga. Ufa!
Depois de viver um terror no espaço, Ripley prepara sua capsula de hibernação, para retornar a terra. Tudo parecia sob controle, até descobrir que a criatura também estava na aeronave de fuga junto com ela… E diferente da aeronave cargueiro, ali onde ela estava, não tinha para onde correr…
Sendo assim, a única saída é enfrentar o medo, e ser mais racional possível, caso queira sair viva dali. Com isso, é iniciado uma nova fase do plano de seu fuga. E depois de muita tensão, Ripley finalmente consegue jogara a criatura no espaço. Com isso, a única sobrevivente do Projeto Nostromos, está pronta para hibernar por seis semanas, que é o tempo que chegaria na terra. Pelo menos esse era o plano…
Prometheus (2012 ) | Resumo
Aqui uma equipe de 17 tripulantes estão em uma missão confidencial, na nave Prometheus. O projeto super secreto é patrocinado por Peter Weyland (Guy Pearce), que tinha como missão principal explorar o planeta LV-223, que foi descoberto a partir da análise de pictogramas de antigas civilizações, realizadas pelo casal de arqueólogos Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charllie Holloway (Logan Marshall-Green).
E Segundo Shaw e Holloway, o planeta LV-223 seria as repostas que o ser humano buscava sobre os criadores dos seres humanos, ou seja, a origem de tudo. Será que depois de muito tempo, eles finalmente encontrariam aquilo que tanto procuravam? Só vendo para acreditar né mesmo?
Ao chegarem em seu destino final, os tripulantes são surpreendidos com uma estrutura semelhante a uma colônia… Como apresentava indícios tecnológicos avançados, foram explorá-la de imediato.
Vale lembrar que na equipe existe um androide, David (Michael Fassbender), que segue os mesmos moldes da franquia Alien: O Oitavo Passageiro (1979), com o Ash – com a forma física semelhante ao de um ser humano.
E conforme a expedição vai avançando, os tripulantes descobrem uma câmara cheia de tubos, com uma substancia orgânica escura. Com isso, fascinado pela descoberta, David leva um dos tubos escondido, para realizar suas pesquisas.
E sem perder tempo, ao voltarem à aeronave, David coloca uma gota da substancia orgânica na bebida de Charlie Holloway para analisar seus efeitos. Androide psicopata que diz né?
E como não podia ficar pior (sqn), Charlie tem relação intima com sua namorada, Elizabeth Shaw. Como era de se esperar, as mudanças começam surgir no corpo de Holloway, como imunidade baixa e seu globo ocular alterado, com uma criatura minúscula nele.
Mas como foi comprovada sua contaminação, o protocolo de segurança espacial, precisou ser usado. Assim, ele é morto com um lança-chamas, para evitar a contaminação dos demais tripulantes.
E já bastasse a dor da perda de seu companheiro, Elizabeth Shaw descobre que foi contaminada por Charlie, e que uma criatura alienígena estava dentro de seu corpo. Sem tempo para processar o que estava acontecendo, dra. Shaw precisou correr contra o tempo. É realiza uma intervenção cirurgia, na câmara de unidade médica
Depois de viver alguns momentos de terror, ela consegue tirar a criatura de dentro dela. Só que ela é bastante agressiva e tenta atacá-la. Mas a doutora consegue sair a tempo e fugir. É através dessa cena, que descobrimos a primeira espécie (versão) do Facehugger – a criatura que ataca do rosto das vítimas.
Com isso, Shaw tenta avisar a todos sobre os planos de David, mas descobre que Peter Weyland, não morreu. E que ele e o androide estão juntos nessa com seu plano insano, em nome da ciência.
Assim, uma equipe é enviada até a colônia, para continuarem as descobertas. É então que descobrem que a suposta colônia nada mais é que uma nave – a mesma que aparece em Alien: o 8° passageiro.
Fascinados com tudo, a equipe comandada por Weyland, descobrem uma câmara com um dos Engenheiros, a criatura que acreditavam ser o criador da humanidade. Sem pensar no estavam se metendo, a equipe o desperta. E como resultado de suas atitudes impensadas, Weyland é morto e David decapitado pelo Enegenheiro.
E diante tudo isso, a ficha de Elizabteh Shaw cai, e ela descobre que o verdadeiro plano do Engenheiro, era destruir a terra. Logo, ela corre contra o tempo para tentar impedi-lo, e avisa o comandante da nave Prometheus, que precisa impedir que o engenheiro decole do LV-223.
Ao entender a gravidade da situação, o comandante e seus companheiro, em um ato heroico e sentimento de dever cumprido, decidem abrir mão de suas vidas, para derrubar a aeronave..
Com a queda das aeronaves, Elizabeth Shaw vai até a nave Prometheus , que ela não foi totalmente danificada, para recuperar oxigênio. Mas no meio do caminho, ela é atacada pelo Engenheiro.
Como uma última cartada de sobrevivência, a dra Shaw libera a criatura que estava presa na sala da unidade médica, que agora está enorme e com muita força, e que ataca o Engenheiro, que não consegue escapar e é dominado.
Apesar de David ter sido decapitado, ele ainda consegue se comunicar com Elizabeth Shaw e a convence de irem até o planeta dos engenheiros para impedi-los de atacar ao planeta Terra.
A doutora concorda e os dois saem de LV-223, pilotando a nave dos Engenheiros. O que eles não contavam é que estavam deixando para trás, uma criatura semelhante ao Xenomorfo, que acabava de sair do peito do Engenheiro – Proto-Alien, conforme Ridley Scott.
Entendendo a Treta do Universo Alien
Existe um outro ponto que também chateou os fãs, o fato dos Engenheiros serem apresentados muito superficial em Prometheus. Com isso, uma versão estendida foi lançada em blu-ray com uma introdução importante para o entender um pouco essa civilização. Mas mesmo assim pergunta-se… Por que essa introdução foi excluída do cinema?
Para muitos, essa situação toda pareceu um certo descaso e que não foi vista com bons olhos a Prequels, até porque ” a primeira impressão é a que fica, não é verdade?
E depois de todo essa confusão, entre Alien (1979) e Prometheus (2012), Será que Alien: Covenant (2017) vai responder todas as dúvidas que deixaram? É sobre isso que vamos analisar no próximo post.
Enquanto isso, me conta como foi sua experiência com Alien: O 8º Passageiro (1979) e Prometheus (2012). Você acha que Ridley Scott podia deveria contar a verdade desde começo?
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Até o próximo post 😉
Trailer – Alien: O 8º Passageiro (1979)
Trailer – Prometheus (2012)
